Lula, Bolsonaro, ninguém apresenta nada novo, é tudo mais do mesmo

Fome, pobreza, combustível, cesta básica, saúde, corrupção, sobre isso, nenhum candidato a presidente quer fazer um ato público
13 de agosto de 2022, às 11:00 | Douglas Cordeiro

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Temos acompanhado nesta pré-campanha diversas manifetações em favor da democracia. São cartas, atos, movimentos, como se a principal pauta desta eleição fosse uma espécie de plesbiscito para escolher se continuamos, ou não, com o atual regime político.

Será uma estratégia de marketing? Algum candidato está querendo se tornar o responsável por manter as liberdades conquistadas após o regime militar? É verdade que tivemos episódios defendendo a volta do regime de exceção, o fechamento do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional, ataques a ministros, políticos, mas é justamente a democracia que garante espaço é para esses abusrdos mostrando que em outro regime, nada disso seria possível.

Na próxima semana, começa a campanha eleitoral, propaganda no rádio, na televisão e na internet, debates, comícios, será que este será o tema prinicipal entre os candidatos a presidente? Transformar o Brasil em uma ditadura não é uma tarefa tão simples como fazem parecer. Os brasileiros, até agora, não protagonizaram grandes movimentos como ocorreu, por exemplo, em 2013, mas em casos extremos, as ruas estão prontas para uma resposta. As nossas instituições, apesar de todos os questionamentos que se possa fazer, cumprem o seu papel e dificilmente, por mais que uma ou outra sinalize a favor de uma "virada de mesa", não terá o apoio da maioria. O cenário internacional tem um peso gigantesco. As consequências econômicas seriam desastrosas e levariam, certamente, o país a ruína, sem contar os inúmeros outros efeitos colaterais. Como se vê, não é uma decisão simples e fácil de ser tomada.

Analisando a história recente do Brasil, as três forças democráticas que foram gestadas durante a ditadura, já foram testadas no poder. O MDB do saudoso Ulysses Guimarães, o PSDB de Fernando Henrique Cardoso e o PT de Lula. A eleição de Jair Bolsonaro encerrou este ciclo elegendo um nome fora dos conhecidos medalhões da nossa política. Este novo momento apenas começou, por isso considera-se que esta eleição terá reflexos não só para os próximos quatro anos, mas para as próximas décadas. 

A população precisa compreender quando a discussão está sendo, intencionalmente, direcionada para uma caminho distante dos temas principais. Daqueles assuntos que interessam e afetam diretamente a vida dos brasileiros. Fome, pobreza, combustível, cesta básica, educação, saúde, corrupção, sobre isso, nenhum dos postulantes ao Palácio do Planalto quer fazer um ato público. Até agora, o repertório de propostas apresentadas para atacar estes temas não paasa de mais do mesmo. Nenhuma novidade, nada fora da curva, todos pensando dentro do que foi pensado desde a redemocratização. 

É exatamente este comportamento que pode ser considerado perigoso. Quando os nomes que disputam o comando do país, mostram-se incapazes de entrar em sintonia com os problemas nacionais e portanto, incapazes de resolvê-los o questionamento sobre a eficiência da demoracia pode começar a ser questionada também pela população. Será que nossos candidatos não entendem isso ou entendem tão bem que estão executando um roteiro que nos leve a pensar assim?

Candidatos apresentam mais do mesmo / FOTO: Finance News


POUCAS E BOAS

AGENDAS SEM COMPROMISSO

Dando uma olhada na agenda dos candidatos a governador do Piauí, é difícil não cair na gargalhada. Em alguns casos, as atividades apresentadas são tão absurdas que nem parece período eleitoral. Em outro casos, o candidato simplesmente ão fornece a agenda. Na verdade, um maneira mais delicada de dizer que não tem compromisso nenhum. 

HORA DA EXPLICAÇÃO

O TCU (Tribunal de Contas da União), divulgou uma lista com os nomes de 6.804 gestores ou ex-gestores que tiveram as contas julgadas irregulares pela Corte. Na relação consta os nomes de 203 piauienses. Quem tem as contas julgadas irregulares, em julgamento do qual não cabe mais recurso, nos oito anos anteriores a uma eleição, pode ser declarada inelegível pela Lei da Ficha Limpa.

SAIU NO DIÁRIO OFICIAL

A governadora Regina Sousa demitiu dois servidores da Secretaria de Estado da Educação, por abandono de cargo público. A decisão foi publicada no Diário Oficialdo Piauí do dia 10 de agosto de 2022. A justificativa é que eles deixaram de comparecer aos postos de trabalho por um prazo superior a 30 dias consecutivos.

DADOS DOS TSE

Faltando dois dias para acabar o prazo para declaração de bens dos candidadtos, Madalena Nunes (PSOL-REDE) registrou sua candidatura e seu patrimônio avaliado em torno de R$ 520.000,00 em imóveis e veículos automotores.

APESAR DA PANDEMIA

Segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desocupação no Piauí foi de 9,4% no segundo trimestre do ano, uma redução de 2,9% em relação ao primeiro trimestre, quando 12.3% dos piauienses estavam sem uma ocupação.

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