João Pessoa Duarte, filho do prefeito de Teresina, oficializou sua desistência de disputar uma vaga na Câmara Federal.
Incialmente, cogitou-se a disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa do Piauí, com a chegada do presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Jeová Alencar, a solução foi fazer uma dobradinha com Jeová Alencar.
A estratégia estava definida, tudo pronto, para finalmente, Pessoinha testar seu nome nas urnas. O problema é que a emenda saiu pior do que o soneto. A prefeitura de Teresina que seria sua principal aliada tornou-se uma cruz, pesada, impossível de carregar.
Aliás, por falar em cruz, é a via sacra que o teresinense tem percorrido desde a última eleição municipal, consequência da falta de resultado da atual administração e os altos índices de rejeição que transformaram o sonho de Pessoinha em pesadelo. Não chegou a ser um pesadelo efetivamente por conta da desistência. O constrangimento da desistência foi melhor do que o vexame da derrota.
A oficialização, foi uma espécie de saída honra, exaltando que seu compromisso com a população é maior do que seu projeto pessoal.
“Não tem como eu ser candidato. Eu assumi muita responsabilidade, iluminação pública, bilhetagem, regularização fundiária, pavimentação asfáltica, sou presidente do partido e ainda trabalho a noite como advogado. Não há espaço para ser candidato. Eu tenho que focar mais na administração”, disse Pessoinha.
Para finalizar, enquanto escrevia coluna, após fazer referência ao aspecto religioso, lembre-me do “Ídolo Negro”, Evaldo Braga e de imediato associei um dos seus grandes sucessos ao momento atual vivido pelos teresinenses. Então...
“Sinto a cruz que carrego bastante pesada
Já não existe esperança do amor que morreu
Há solidão amargura desprezo e mais nada
Vou amargando a sorte que a vida me deu”.